APOSTILAS CONCEITOS

O ÓDIO AOS PAULISTANOS DECLARADO POR FÁBIO VAZ, MARIDO E PARCEIRO DE MILITÂNCIA DE MARINA SILVA.

31/08/2014 16:56

 

Fábio Vaz, marido de Marina Silva, seu parceiro de militância política e inspirador, pediu demissão do cargo de secretário do governo petista do Acre, após a subida de sua esposa nas pesquisas. Ele declara que os paulistas maltratam nordestinos e só os querem para subempregos. Sendo o segundo estado que abriga mais nordestinos no Brasil, só perdendo para a Bahia, trata-se de uma declaração leviana.

As contradições que envolvem a senadora Marina, que defende a disciplina fiscal e a estabilidade, mas que votou contra o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal , que hoje se diz a favor do agronegócio, confessa ser admiradora do empreendedorismo paulista. Ela trás de arrasto o seu marido Fábio Vaz, que até antes do seu desempenho nas pesquisas, era o Secretário Adjunto de Desenvolvimento Florestal da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens) do Acre, cujo governador é o Tião Viana do PT (aquele que) enviou centenas de haitianos para São Paulo sem aviso prévio, que por sua vez, está envolvido com o seu irmão senador Jorge Viana também do PT do Acre no escândalo em que se prevaleceu do cargo de presidente do conselho de administração da Helibras, para direcionar a empresa em edital e inflar preços em benefício desta. Segundo a PF, Jorge Viana do PT do Acre, exigiu à compra do helicóptero esquilo AS 350 B2 para reduzir as chances da TAM na concorrência.

No texto a seguir, não reparem os erros de português, pois retrata fielmente as declarações escritas por Fábio Vaz, Marido de Marina Silva, o qual defende a atitude do seu Governador Acreano  Tião Viana em demandar irresponsavelmente, centenas de haitianos para São Paulo.

Vejam que a declaração de ódio proferido aos paulistanos é de tal monta, que fica difícil imaginar esse fascista junto com a sua seguidora política Marina na condução desse país:

 

“Irresponsável quem, cara-pálida?

 

Na última semana, talvez despercebido por muitos, assistimos a um exemplo de como é o nosso país no quesito solidariedade humano. Na sabedoria popular é comum a afirmação de se nos identificar mais pobres o sentimento de solidariedade para o próximo. Nos mais ricos encontra-se na maioria das vezes o desprezo, o preconceito e a prepotência com seu semelhante. Não sei se é assim tão dispare, mas que o comportamento e pronunciamento do Governo de São Paulo, especialmente a secretária de estado de Justiça Social, daquele estado contribuiu para reafirmar o pensamento popular.

O episódio em que a secretária de SP, na mídia nacional, chamou o Governo do Acre e a Sejudh daqui de “irresponsável”, por dar encaminhamento aos haitianos que entraram no Brasil pelo Acre, esse, sim, caracteriza-se uma enorme irresponsabilidade institucional e de desonestidade intelectual. Evidenciou para os mais atentos a visão desumana com os mais necessitados, beirando o preconceito, da gestora pública do estado de São Paulo.

A desonestidade se refere a ideia que a secretária tentou passar que o Acre estava encaminhando os imigrantes haitianos para São Paulo como fosse jogando um “problema” para frente de maneira desarticulada e inconsequente. A “desonesta” (intelectual) secretária de SP sabe que todos os haitianos estão sendo regularizados no Brasil por meio de expedição de visto provisório de caráter humanitário. Pois bem, isso significa que podem se dirigir para qualquer parte deste país livremente.

Sabemos todos, pelo menos nós do Acre, que o acolhimento que o Governo Estadual, Prefeitura e sociedade deram e ainda dão a esses imigrantes é digno de exemplo e louvor. Acredito que, se o Estado pudesse financeiramente, ainda seria melhor. Em matéria de solidariedade e demonstração de amor com o próximo, o acolhimento foi do tamanho da alma dos acreanos.

Vale lembrar que todas as ações do Acre sempre foram feitas com articulação com Ministério da Justiça e o das Relações Exteriores, com apoio do Ministério do trabalho, Saúde entre outros. Aqui vale uma ressalva: o apoio do Governo federal está aquém das suas possibilidades, penalizando o Estado por duas vezes. A primeira não tendo competência de controle sobre as fronteiras. Segundo deixando ao governo local os custos de um tratamento digno que passou ser a imagem do País.

Para quem acompanha a vida cotidiana, a história econômica e política do país com atenção vai identificar na posição da secretaria de SP apenas uma fagulha do que é a diferença econômica, política e social do Brasil. Ela espelha como é identificado os mais pobres e desfavorecidos na região mais rica do país.

Todos sabemos como são tratados pela elite de SP os nordestinos, bem vindos apenas para suprir o exército de força de trabalho para as diversas atividades econômicas como usinas de cana e construção civil. Conhecemos pelo noticiário como são tratados os irmãos imigrantes bolivianos em trabalhos análogo a escravidão de grandes marcas de confecções naquele estado. Não podemos esquecer ser uma das regiões com maior déficit habitacional e existência das maiores favelas e condições sub-humanas do país.

Deixemos de lado a violência de polícia, crime organizado que deixam um governo acuado por chefes em presídios. Ora quem morre são os mais pobres sempre. Solução para os ricos: condomínio, carros blindados, seguranças particulares.

Se analisarmos de maneira mais profunda como eles (SP aqui como os ricos) olham o resto do país e a nossa região, aqui é apenas espaço de consumo para seus produtos e fonte de recursos naturais para suas indústrias e serviços. Paramos para pensar quanto saiu ganhando SP com a isenção e impostos para a indústria automobilística e quanto nós perdemos? Ganharam vendendo mais carros, inclusive para nós. Perdemos, exportando nossas renda somada à redução de transferência constitucional (FPE e FPM) para o Estado e Municípios. Resultado final: eles ficaram mais ricos e nós, mais pobres. Alguns compraram mais carros, mas a maioria perdeu renda.

Onde se compra mais madeira ilegal fruto de desmatamento e outras ilegalidades. Não vou falar, pois acharão que estou com perseguição com SP (lembro: nasci lá). De onde vem o cartel para impedir que empreendimentos nas regiões mais pobres do país de consolidem como os nossos voltados para proteína animal como aves, ovos, suínos e peixes? Se o Acre não for competitivo, e ser justo com os nossos, eles nos engolem.

Falo tudo isso não contra os “paulistas”, como foram chamados os que vieram do Sul do país nos anos 70. Falo contra a mentalidade de uma falsa elite, pois se assim fossem lideravam vários aspectos da vida de um país ao invés de pensarem nos pobres como “problema” ou como “instrumento de acumular mais riqueza”. Nesse quesito, nossa “elite” local tem demonstrações dignas não só com os imigrantes haitianos, mas em outras oportunidades, como foi especialmente o caso do Acre Solidário nas catástrofes do Rio. A Secretária de SP, de maneira “articulada” ou “consequente”, ligou para seu correlato no estado do Acre e se colocou solidária?

Falo não esperando que a secretária de SP leia ou que a sua elite tome consciência de seu papel. Falo para nós acreanos nascidos ou que escolheram aqui para viver. Para nos indignarmos com o que foi dito por esta senhora. Que esta indignação reafirme nossos atos. Que nossos líderes políticos (com destaque o Governador), empresarias, religiosos, comunitários e funcionários envolvidos saibam que o que fizeram e ainda fazem está certo. Que temos orgulho de sermos solidários, humanos e sempre estender uma mão para o nosso próximo. Que o nosso caminho de desenvolvimento é difícil e tem muitos poderosos contra de maneira “invisível”. Que queremos um Acre sempre melhor, mas não copiando o que uns “ricos” tem de pior. Que o Acre seja sempre inclusivo, do ritmo da Amazônia e cheio de um povo rico de amor.

Fábio Vaz – Secretário Adjunto de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens)

 

 

 

 

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