APOSTILAS CONCEITOS

Investimos em infraestrutura ou continuamos a enxugar gelo?

24/10/2012 14:48

Por João Carlos Barreto Martins

Somos o quinto país no mundo em extensão territorial com vergonhosos 212 mil Km de rodovias pavimentadas para uma extensão rodoviária total de 1 663 987 km, irrisórios 29 mil km de extensão ferroviária, ínfimos 19 mil Km de dutos e somente 14 mil km de hidrovias. A nossa posição é a 41ª quando o assunto é a capacidade de escoar produtos brasileiros dentro ou fora das nossas fronteiras.

Uma empresa no Brasil gasta em torno de 8,3% dos seus faturamentos com custos logísticos, ou seja, custos de transportes, estoques e armazenagem, para fazer seus produtos e matérias-primas chegarem aos consumidores, devido a :

  • má conservação e insuficiência da malha ferroviária;
  • má qualidade dos acessos terrestres aos poucos portos existentes;
  • navegabilidade pouco eficiente nas hidrovias;
  • insuficiência de armazéns e terminais.

A equação é simples: custos logísticos elevados = custo final do produto elevado.

Para piorar, esbarramos na falta de mão de obra - da alta gestão ao motorista de caminhão, sendo este o maior entrave do setor. São poucos os profissionais que operam a tecnologia cada vez mais complexa da cabine de um caminhão.

O Brasil trava se crescer ao nível da China, e por conta disso continuou estagnado. Produzir mais é bom, mas como escoar a produção com esta infraestrutura? Como um país da dimensão do Brasil em pleno século 21, diante de tantos recursos naturais, se comporta como um país de terceiro mundo? Como crescer se o cérebro não acompanha o corpo?

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