APOSTILAS CONCEITOS

CORRUPÇÃO NO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

06/07/2011 14:18

Por João Carlos

Segundo denúncias, para favorecer licitações de obras superfaturadas e aditivos contratuais, determinados nomes do partido governista cobravam de 4% a 5% dos valores das faturas.

Uma lista das obras com os aditivos contratuais e preços, induziu o ministro dos transportes Alfredo Nascimento do PR, a solicitar um aditivo de aproximadamente 10 bilhões para as obras do PAC, muito questionado pela presidenta Dilma.

O cargo do ministro dos transportes está ameaçado, devido suspeitas de cobranças de propinas pelo DNIT para favorecer obras superfaturadas . Até prove o contrário, a presidenta Dilma manterá o ministro dos transportes no cargo para não causar mais uma crise no seu governo, mas decidiu afastar o assessor do ministério dos transportes Luiz Tito Bonvini, o diretor-geral do DNIT, Luiz Antonio Pagot, e o presidente da estatal Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, ligado ao deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), secretário geral do partido envolvido no escândalo do mensalão, e que renunciou ao mandado para não ser cassado. Caso a presidenta Dilma demitisse o ministro dos transportes Nascimento, o seu suplente senador João Pedro (PT-AM) amigo do Lula, assumiria o ministério dos transportes, o que desagradaria o PR.

O PSDB deseja convocar o ministro da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, para uma possível abertura de CPI, pois o afastamento temporário dos representantes da cúpula dos transportes não é o suficiente para a oposição, que pretende convocar no Senado, o ministro dos transportes Alfredo Nascimento e o diretor-presidente do DNIT já afastado, Luiz Antonio Pagot para prestarem esclarecimentos.

A estatal vem acumulando escândalos desde 1999, quando a autarquia(DNIT) substituiu o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem(DNER), para abafar o escândalo da a máfia dos precatórios, que pelo visto, não surtiu efeito algum.

O HISTÓRICO DE CORRUPÇÃO NO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

1- No governo de Fernando Henrique Cardoso, o Ministério Público Federal descobriu a existência de uma turma de lobistas e funcionários públicos, que recebiam propinas de 25% dos valores devidos para favorecerem indenizações judiciais milionárias do DNER sem base jurídica, causando o afastamento do diretor financeiro do DNER, Gilson Zerwes, e do procurador-geral substituto do órgão, Pedro Eloi Soares.

2- Em maio de 2003 no governo Lula, o valor da dívida da União para com a construtora Queiroz Galvão foi acrescida, além da autorização de repasses para obras em Pernambuco sob as ordens do até então ministro dos transportes Anderson Adauto, segundo acusação do ex-diretor do DNIT Sérgio Pimentel, demitido por cobrar propinas para liberar verbas a credores da União. O ministro dos transportes não foi demitido por Lula, sob a alegação de que o ex-diretor do DNIT era quem cobrava as propinas.

3- Um suposto desvio de recursos para outros projetos, avaliado em R$ 32,3 milhões financiados pelos bancos Mundial e Interamericano, foi atribuído ao ministro dos transportes Anderson Adauto, em janeiro de 2004, denunciado pelo Diretor Geral do DNIT José Antonio da Silva Coutinho. O ministro dos transportes Anderson Adauto, no mês seguinte foi demitido, e foi candidatar-se a prefeito de Uberaba em Minas Gerais.

4-  Em Agosto de 2010 na operação mão dupla, a Polícia Federal prendeu o chefe do DNIT Guedes Neto, um empresário do setor de construção, e mais 21 pessoas no Ceará, acusados de desviarem R$ 5,5 milhões com a participação de servidores do DNIT.

5- O Ministério Público Federal está apurando neste ano, uma diferença a maior de R$ 71,7 milhões nos valores pagos a Valec, empresa pública vinculada ao DNIT, para a conclusão de um trecho de 105Km da Ferrovia Norte-Sul em Goiás. .

Esta é a herança que deixaremos para os nossos filhos, um clássico da corrupção nacional, que contém confissões e relatos sobre como se conduz a roubalheira no mundo oficial brasileiro.

 

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