A dona da casa administra mal suas finanças.

O governo da Dilma em 2013 mais uma vez fecha no vermelho. O *déficit nominal até agosto de 2013- receitas menos despesas do governo, incluindo pagamento de juros - ficou em 22,303 bilhões de reais. Parte do rombo se deve: ao saldo negativo da Previdência que, segundo o BC, ficou em 50 bilhões de reais, e as medidas irresponsáveis, tais como: as desonerações tributárias em torno de 60 bilhões reais/ano; subsídios das contas de energia elétrica que já estão em torno de 2 bilhões de reais/mês e; transferências aos municípios em torno de 1,5 bilhão de reais/mês para compensar as isenções de impostos.

Para atingir o **superávit primário, os enrolados correram feitos doidos para fechar o ano de 2013 apelando para concessões de gás e petróleo entre 17 e 25 bilhões de reais, e licitações de aeroportos e estradas em torno de 13 e 4 bilhões de reais respectivamente. Mal inciou a exploração do pré-sal, eles também já contam com a sua capitalização que já rende benefícios de 30 bilhões de reais a título de receita não tributada envolvendo o BNDES e o Fundo Soberano do Brasil. Notem que toda essa parafernália é só para pagar as despesas do governo mais os juros da dívida interna (Dívidas Públicas) que hoje passa de 1 trilhão e 500 bilhões de reais, sem contar a dívida internacional que já ultrapassa a casa de US$ 300 bilhões. Embora o Brasil tenha uma reserva em caixa de US$ 280 bilhões, esse valor poderá ser diluído caso haja uma nova onda internacional de instabilidade financeira.  O déficit público elevado, a taxa alta de juros e a valorização cambial, freiam o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e o desenvolvimento social. Os gastos da Dilma até o fim do seu governo vai ser um grande desafio para quem herdar esta bagaça, e caso não haja solução para o problema econômico, o país ficará sem crescer ao longo de muitos anos, ou seja, se o novo governo relaxar com a política fiscal, o preço a pagarmos será a volta da inflação incontrolável, jogando por terra todos os anos de estabilidade monetária obtida com o Plano Real adotado no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

*Déficit Nominal - É o resultado da arrecadação de impostos menos os gastos do governo, incluíndo os juros da dívida interna. Ao apresentar um déficit nominal, o governo se financia com a emissão de títulos públicos. 

**Superávit Primário(lucro ou resultado positivo)- É quando o dinheiro arrecadado através dos impostos supera as despesas realizadas pelo governo, sem contar com os juros e a correção monetária da dívida pública. Serve para medir a trajetória da dívida e a saúde financeira do setor público, ou seja, mostra se o governo está gerando caixa para manter a dívida pública controlada.